terça-feira, 27 de março de 2012

O paradoxal

Recomeçar a ler nunca tendo deixado de ler é como sentir a respiração quando afinal se respira sempre quando nem se dá por isso. Foi ontem à noite, com o livro de contos Sangue no Sol, de Elisa Lispector. De novo devolvido à sua escrita estranha, ao seu inesperado modo de dizer, «o inconstante e o inconsistente sempre de mãos dadas com o paradoxal».
Descobri Elisa depois de Clarice. Esta escondeu-a, notória. Seus livros estão praticamente esgotados. «E assim os dias iam-se emendando nas noites, e estas naqueles», como sucedeu quando chegou a madrugada. Li pouco, lendo muito.